Precisamente por as situações serem vistas só aos olhos da lei é que esta situação ocorreu, pelo menos nestes contornos.
Um filho meu a partir do momento em que for preso por tráfico de droga, e provada a sua culpa deixa de ser um indivíduo com o qual hei de deixar de cometer juizos de valores parciais sobre a sua conduta neste mundo.
Por outras palavras, provavelmente não deixaria de gostar dele, mas não o defenderia acérrimamente e completamente cego contra tudo e todos.
Nesta situação, eu n estou a ser juiz em prol da minha causa directamente mas sim dos valores em que acredito para uma sociedade e deve ser esse o papel da justiça. Tornar portugal um pais melhor e mais justo... certo?
Se eventualmente um filho teu mesmo sendo traficante de Droga, e obviamente devido a isso deixasses de o defender e por-te do lado dele, não parasse numa operação Stop, e por isso fosse assassinado, tu não ias gostar.
Quanto à tua frase de ''Lutar pelos ideais de Justiça'', ''Tornar Portugal uma pais mais justo'' , não estarás a ser um pouco contraditório? Achas que foi feita Justiça? Só pelo facto de um ser humano ter tirado a vida a outro já não se pode ter feito Justiça. Nunca é feita Justiça ao matar-se uma pessoa. Que Direito tem uma pessoa em decidir unilateralmente quando deverá ser o termino da vida de outro ser humano? Isso para mim é a coisa mais injusta que há...
''Ah e tal foi sem querer'', azares só acontecem a quem se põe a geito...e como já aqui disse, naquela circunstancia armas de fogo é demasiado. Não me digam que para apanhar um Lancia Y10, com mais de 10 anos, é preciso andar aos tiros ao carro?
?Depois acontece o que aconteceu.
''Ah mas ao fugir pôs a vida de muitos outros em risco'' , então e ao utilizar armas de fogo não se põe? (tanto se põe, que houve um morto) e as pessoas que vão a passar na rua? e os outros passageiros do Veiculo, que não tiveram culpa nenhuma de o condutor ter fugido? E ao matarem o condutor, não existe fortes possibilidades de o carro se despistar, e ir embater contra transeuntes?
E se isto tudo não chegar, o Agente não o podia ter feito, porque era ilegal!!! Se vivemos numa democracia temos de nos sujeitar a Regras (se são boas? mais uma vez não é essa a discussão) e Cumpri-las sob pena de Cairmos situação em que cada vez que acho que uma Lei, não me é justa, não a cumpro, situação vulgarmente designada por ''Anarquia''.
Deixo aqui um artigo do Decreto Lei 457/99 que Regula a utilização de armas de fogo pela forças da autoridade, para provar que o Agente agiu em desconformidade com a Lei ( tanto que agiu que foi o próprio Oficial que comandava a operação a Lamentar o comportamento do Agente)
Artigo 2.o
1 — O recurso a arma de fogo
só é permitido em
caso de absoluta necessidade, como medida extrema,
quando outros meios menos perigosos se mostrem ineficazes,
e desde que proporcionado às circunstâncias.
2 — Em tal caso, o agente deve esforçar-se por reduzir
ao mínimo as lesões e danos e
respeitar e preservar
a vida humana.