Salto do comboio acaba em tragédia
Depois das suspeitas de homicídio, com todos os indícios a apontarem anteontem à noite para um cenário de morte com cinco facadas, devido a cortes que a vítima apresentava nas costas, braços e pés, a Judiciária acabou ontem por descartar a hipótese de uma rapariga de 15 anos ter sido assassinada em Fernão Ferro, no Seixal.
O corpo da jovem foi encontrado junto à linha do comboio, a seguir à estação de Coina – e, depois de várias diligências, os investigadores concluíram que a rapariga foi vítima de uma queda do próprio comboio.
Ao que o CM apurou, a autópsia também permitiu concluir que os golpes são compatíveis com a chapa metálica do exterior da carruagem. A menor era da zona de Lisboa e seguia em direcção a Coina. Depois de ter entrado no comboio da Fertagus, terá adormecido na viagem e, quando acordou, tinha acabado de passar a estação. Decidiu então saltar de uma das carruagens, mas foi vítima de um efeito de sucção e o seu corpo embateu na chapa do comboio. Não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer.
O alerta às autoridades foi dado por uma passageira que avistou o corpo e avisou os revisores. Junto ao cadáver estava só um cartão dos transportes de Lisboa, através do qual foi possível fazer a identificação do corpo. O cadáver foi autopsiado na morgue do Hospital Garcia de Orta, em Almada.
O cadáver da jovem foi guardado por dois militares do posto da GNR de Paio Pires que aguardaram pela chegada dos inspectores da PJ de Setúbal.
Entretanto, foi recebida no posto de Paio Pires a denúncia de um homem que garantia estar a ver quatro homens num carro que lhe fora roubado dois dias antes. Por não haver outros efectivos disponíveis para acorrer à situação, o denunciante teve de perseguir ele próprio os ladrões. Os quatro homens abandonaram a viatura e fugiram, o que levou o condutor a reapoderar--se do próprio carro. A GNR não conseguiu intervir no caso.

(será que fica por aqui?!)